SÃO PAULO – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que o governo federal pretende discutir a possibilidade de instalar chips eletrônicos em armas para auxiliar na identificação.
O anúncio aconteceu durante um encontro do ministro com ONGs para discutir uma nova campanha de desarmamento no país, após a tragédia ocorrida na escola Tasso de Oliveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.
A proposta do governo seria possibilitar uma espécie de identificação e rastreamento de armas, porém ainda haverá um estudo técnico para checar a viabilidade do projeto para que o mesmo possa ser votado no Congresso.
Especialistas aprovam a iniciativa do governo, mas ponderam que o projeto precisa analisar o tipo de operação pretendida com a inserção desses chips.
“Se o objetivo for identificar a arma a uma curta distância, não será necessário muito espaço para o chip, que poderá ter em média 1mm² de tamanho. Além disso, esta tecnologia precisa ser indelével, que não utilize bateria, não tenha características para ser clonável e utilize códigos de encriptação, por exemplo”, aponta Dario Sassi Thober, diretor do Centro de Pesquisas Avançadas Wernher Von Braun.
Para Thober, se o projeto for adiante será uma grande oportunidade também para o setor no país, que possui uma das mais avançadas tecnologias para o desenvolvimento desse tipo de codificação para chip eletrônico.